Sobre

Sobre a Companhia

O posicionamento geográfico de Rio Branco em relação ao restante do país serviu de inspiração, e em pouco tempo uma pequena companhia de teatro acreana conseguiu obter um amplo reconhecimento, impulsionando a circulação e a troca entre culturas nos países fronteiriços e nos municípios isolados da Amazônia. A riqueza da diferença entre as culturas e línguas trouxe questões sobre a recepção do público, pois pela situação de fronteira e floresta do Estado do Acre os espetáculos seriam apresentados para plateias que não falam português, e também em comunidades indígenas ou ribeirinhas, com enredos que tenderiam a tratar de temáticas urbanas brasileiras. O que muitos veriam como empecilho a companhia aceitou como um caminho necessário para sua pesquisa, e a resposta para o problema da recepção foi encontrada no aprofundamento do trabalho do ator, com técnicas que permitem a comunicação a partir da criação de vida em cena. Um novo repertório de procedimentos surge desse processo, e o resultado se exprime esteticamente numa linguagem própria. O trabalho da companhia não rejeita a identificação aristotélica, entre espectador e personagem. Na verdade esse recurso é necessário, para resolver problemas de comunicação que são inerentes às condições da gênese do grupo, e do caminho que pretende trilhar. Esse caminho passa por descobrir o que nos faz únicos e onde somos mais verdadeiros, pois só assim vamos conquistar um lugar no mundo como artistas. Por outro lado, a estética realista não será nunca um cavalo de batalha. Pelo contrário, o apego religioso a qualquer doutrina estética é justamente o que a companhia NÃO quer para si. O teatro tem que ser um espaço de liberdade, para a descoberta de si e do mundo. Queremos que o teatro vá onde nunca foi. Dentro e fora de nós.

Festival Internacional

Numa iniciativa inédita de um grupo de artistas trinacional, o Festival Internacional do Circuito Amazônico de Teatro surge da interação entre os Grupos de Teatro Tanto de Lá Quanto de Cá (de Rio Branco), Taitetú (de Cobija, Bolívia) e Fachas (de Puerto Maldonado, Peru), em colaboração com um pool de universidades nos três países participantes dessa primeira edição. Já em sua primeira edição o Festival, que será produzido anualmente de agora em diante, aconteceu nas cidades dos grupos idealizadores – sendo portanto um festival trinacional. A produção do I Festival internacional do Circuito Amazônico de Teatro, que aconteceu em 2018, foi viabilizada pela parceria entre os três grupos fundadores, mas também pelas instituições de ensino Universidade Federal do Acre, Universidad Amazónica de Pando, Universidad Nacional Amazónica de Madre de Dios e Universidad Alas Peruanas, bem como pelos órgãos públicos e instituições de apoio à cultura nas três cidades.

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